domingo, 8 de janeiro de 2012

O Clamor de Deus




Sempre esperarei!
Sempre esperarei por você! Sempre mesmo!
Não pense que não ligo ou sequer me importo; e é tão essencial dizer nesta altura do campeonato o óbvio? Dizer que sonho com você voltando para casa todas as noites, que sinto saudades do meu filho amado e que almejo o seu retorno todos os dias?
Filho, quero que saibas que eu preciso de você! E sim, eu sei das barbaridades que você praticou nas Terras Além-da-Fronteira; mas por favor, volte! Eu lhe imploro com cada partícula do meu coração em prantos.
Quero abraçá-lo e beijá-lo, filho! Porque você se esconde? Porque você recusa tão veementemente o meu amor?
Eu vejo você.
Eu vejo sua dor, seu sofrimento, suas perdas.
Eu vejo sua alma em pedaços e os seus olhos marejados de lágrimas.
Não desista, filho! Eu acredito em você! Continue, vamos lá!
Acredito em você, ainda que o mundo não o faça. Então por favor, dê um passo adiante!
Saiba que amo você de uma forma incondicional e imensurável.
E sim, eu sei! Eu sei que tudo dentro de você está arrebentado e desajustado; e quer saber de uma coisa maravilhosa?
Eu estou aqui para consertar, meu filho! Então pare com esse negócio de fugir!
Eu o amo e é isso que importa! Por isso volte, volte para a sua casa, de onde você nunca deveria ter saído! Volte para mim, para os braços do seu pai, para o aconchego do lar.
Estarei esperando.
Na verdade, eu sempre esperarei.

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