Uma música se escuta ao longe. O vento a traz como um cavalheiro carrega uma dama; e na desesperança e no medo, a canção recorta o ar e atravessa a carne, direto no coração, direto no peito que imediatamente começa a abrasar-se! Então o rapaz cai em si; é uma música do Reino do Amor, do Reino do Papai. Então nada mais importa; Só o Amor do Eterno! E a canção continua a tocar estremecendo as Sombras; ela diz:
Levante-se agora!
Sim! Levante-se e vamos lá!
Vamos voltar!
Vamos surrupiar as Trevas e cavalgar os Sonhos
Vamos apunhalar a Morte e morder as nuvens
Precisamos!
Precisamos navegar em águas mais profundas
Precisamos passar pelos Portões Reais outra vez
Levante-se e busque lenha
Sempre avante, Sempre à frente
Então cantaremos versos perenes e palavras de amor
E ganharemos sandálias, e anéis de ouro
Para perto da Vida e longe da Dor
Além das brumas, e da Desolação
Para sempre perto do Pai. Por toda a eternidade.
É como se a cada texto escrito uma nova onda de tato e maturidade tomasse conta do escritor. E as velas enfunadas com o que há de melhor e mais profundo.
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