domingo, 12 de maio de 2013
Uma Centelha
Folhas secas de sonhos abortados
Poeira, vento e angústia
De abandono e miséria
De furtos de dúvida
Sou trôpego no caminhar pelas trilhas incertas das tristezas cruéis
Sobre moinhos vãos de desespero hostil
Com um rasgar de entranhas
E um canto de choro
E um brado mudo e vil
Qual vermes insolentes e monstruosos
Qual luto perene e implacável
Sois vós, ó avassaladora Tristeza
Tal qual uma espada inflamada de fúria bruta e infindável
Tal qual peso grotesco de rochas amargas
As Damas da Desgraça se prestam a zombar
Como um fogo negro de portentosas trevas
Como terras sorrateiras no meio do mar
Como sussurros inúteis de heróis covardes
Sobrou apenas uma coisa além dos suplícios
Uma faísca, um drama, uma sombra, uma lembrança
Uma luz surda, uma voz palpável
Uma centelha! De esperança... de esperança.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tudo pode findar..menos a esperança...menos ela
ResponderExcluirConcordo! A Esperança nunca pode findar!
ResponderExcluirMuito bom Sr. Narigudo...
ResponderExcluir